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DENGUE-SAIBA TUDO SOBRE ELA


O QUE É DENGUE?
A dengue é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti também infectado pelo vírus.

Como é o vírus da dengue?
Há quatro tipos de vírus da dengue, numerados de DEN1 a DEN4. Eles pertencem à família Flaviridae e são vírus que só contêm RNA. Eles são da mesma família do vírus que causa a febre amarela, e tanto a dengue quanto a febre amarela são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. A dengue é transmitida pela picada da fêmea desse mosquito, que tem hábitos diurnos. A infecção por um dos tipos de vírus dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três tipos de vírus.

Histórico da dengue no Brasil
As primeiras referências à dengue no Brasil remontam ao período colonial. Em 1865 foi descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife. Sete anos depois, em Salvador uma epidemia de dengue levou a 2.000 mortes. Até 1916, São Paulo foi atingido por várias epidemias de dengue.

O transmissor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, tem origem africana, tendo sido reconhecido pela primeira vez no Egito - daí o seu nome. Ele chegou ao Brasil nos navios negreiros - ele se reproduzia nos depósitos de água dos barcos nas viagens da África para cá.

No início do século 20, em 1903, Oswaldo Cruz, implantou um programa de combate ao mosquito que se prolongou por anos. O medo, na época, eram as epidemias de febre amarela. O Aedes chegou a ser erradicado no Brasil na década de 50, mas retornou, e na década de 80 houve uma epidemia de dengue em Roraima. Até 1957 achava-se que a dengue era uma doença benigna, mas nesse ano, pela primeira vez ocorreu uma epidemia de dengue hemorrágica nas Filipinas. No continente americano, a primeira epidemia de dengue hemorrágica aconteceu em Cuba, em 1981.

Ciclo de transmissão da doença

A dengue não é transmitida de uma pessoa a outra.
Ela é transmitida para o homem pelo mosquito Aedes aegypti, que pode carregar o vírus por 10 a 14 dias depois que pica alguém com a doença. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos na água parada em vasos, garrafas e pneus, por exemplo, deixados no quintal das casas. Os ovos se transformam em larvas que podem viver na água durante uma semana.


Depois disso, se transformam em mosquitos adultos. Quem pica os adultos são as fêmeas do mosquito, que vivem em média 45 dias. A transmissão da doença é rara quando a temperatura cai abaixo de 16oC. 





A temperatura ideal para o mosquito é acima de 30oC, por isso a doença acontece com maior freqüência no verão. As fêmeas precisam colocar seus ovos em um local quente e úmido. Os ovos do mosquito são resistentes e podem sobreviver até um ano em condições adversas, como uma seca prolongada, grudados na parte externa de um recipiente, por exemplo. O transporte desses recipientes contaminados faz com que os ovos se espalhem por uma grande área.

Como é o mosquito da dengue?

Segundo informações do Ministério da Saúde, o mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça. Segundo algumas pesquisas recentes, a fêmea do Aedes voa até mil metros de distância de seus ovos, capacidade muito maior do que se acreditava.  


 Figura 1 - Mosquito da Dengue

Quadro clínico

Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. Depois de contaminado pelo vírus, demora de 2 a 7 dias para a pessoa contaminada desenvolver a doença. Os quatro vírus da dengue apresentam um quadro clínico muito semelhante. A forma clássica da dengue se caracteriza por um início abrupto de febre, mal-estar, dor de cabeça, dor atrás dos olhos ou irritação nos olhos, dor nas juntas e dores musculares e nas costas. 

Além disso, pode aparecer uma vermelhidão na pele (rash cutâneo) acompanhado de aumento de gânglios. Os sintomas duram em torno de uma semana. Podem aparecer nesse período outros sintomas como náuseas, vômitos e lesões de pele. Sintomas de resfriado como nariz entupido ou coriza nunca aparecem. Por isso, a presença desses sintomas afasta o diagnóstico de dengue.


O diagnóstico é feito por um exame de sangue que identifica a presença de anticorpos IgM (um tipo de anticorpo que se forma nas doenças agudas) contra o vírus da dengue. O exame de sangue (hemograma) também pode mostrar diminuição dos glóbulos brancos (leucócitos) e das plaquetas, que são células do sangue que ajudam no processo da coagulação. Isso explica a presença de sangramentos em pessoas com dengue.

O que é a dengue hemorrágica?

Quando alguém se contamina com o vírus da dengue, desenvolve a doença, que dura uma semana sem outras complicações. Mas, se a pessoa se contaminar outra vez com um outro tipo de vírus da dengue, ela pode desenvolver a forma hemorrágica da doença. Por exemplo, uma pessoa pode se contaminar com o vírus da dengue tipo 1 e depois de um tempo se contaminar pelo vírus tipo 2. Nesse caso, ela pode desenvolver uma forma grave da doença - é a chamada dengue hemorrágica, em que a pessoa doente pode ter sangramentos com choque e morte.


Na dengue hemorrágica, as plaquetas caem muito e a pessoa pode morrer em conseqüência dos sangramentos. Com a disseminação do mosquito, há um risco maior da pessoa se infectar por mais de um vírus e desenvolver a dengue hemorrágica.


O tratamento da dengue é somente de suporte, ou seja, não há um medicamento específico para tratar a doença. O tratamento consiste em deixar o paciente em repouso, hidratado, sem febre e sem dor. Se o paciente apresenta um sangramento grave, ele deve receber tratamento específico em um hospital. Não se deve usar aspirina(ácido acetilsalicílico) para diminuir a febre ou a dor em pacientes com suspeita de dengue. A aspirina age sobre as plaquetas, diminuindo a capacidade do corpo de formar coágulos. Por isso, ela deve ser evitada na suspeita de dengue. O Ministério da Saúde recomenda o uso de acetaminofen(paracetamol) para o controle da febre e da dor na suspeita de dengue, nunca ultrapassando o limite de 3 g por dia.


Se você acha que pode estar com dengue, procure logo um serviço de saúde. O diagnóstico é feito por exame de sangue. 


NÃO SE ESQUEÇA, A DENGUE SE COMBATE TODO DIA!

Fonte: Postagem criada a partir de informações extraídas do Ministério da Saúde.

2 comentários:

  1. As informações são bastante uteis e esclarecedoras. Parabens!

    Hudson Garcia - Economista

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  2. SERÁ QUE O VÍRUS FLAVIRIDAE FOI CRIADO EM LABORATÓRIO?

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